Vou contar uma historinha que aprendi com meu mestre Paulo Anhaia mas que acontece sempre dentro de estúdio. Parece bem óbvio, mas não é.
Já aconteceu aqui no estúdio de eu gravar um cantor em um dia, e o som da voz estar “estranho”. De trocar microfone, trocar o pré-amplificador, usar uma outra equalização, e mesmo assim não conseguir um som legal.
Curiosamente, no outro dia acabei gravando um outro cantor, onde com o mesmo equipamento do anterior, o som saiu perfeito. Lindo mesmo.
Como pode uma gravação soar muito bem e a outra soar muito mal, se ambos estão cantando no mesmo microfone e ligados no mesmo equipamento?
Pois é. O microfone só capta o que ele escuta.
O problema não está no microfone, ou no equipamento do estúdio. Está na forma como cada um emite sua voz. É de extrema importância para o cantor que ele conheça sua voz, e saiba como emitir o melhor som. Muita gente já nasce cantando divinamente (é o que chamam de dom, né?), e muita gente vai desenvolvendo essa habilidade durante a vida. Como desenvolver isso? Aulas de canto, impostação, fonoaudiólogos, e toda uma infinidade de recursos para a melhora da emissão de voz.
E essa mesma lógica também serve para quem toca. Não adianta um guitarrista trocar de guitarra, trocar os pedais, trocar o amplificador, se ele toca mal e sem pegada. O músico é quem faz o som, não o equipamento.
A MC Loma cantando no microfone da Whitney Houston vai soar como MC Loma e não com a voz da Whitney Houston. Essa sim poderia cantar até em uma caixa de fósforo, que ainda assim teria um som sensacional! É isso.
A dica é: vamos estudar e buscar cantar e tocar o melhor possível. É o primeiro passo para ter uma boa gravação.
Abraço, e até a próxima!
1 comentário
Aló Pablo Vittar?